(24-03-2013) Semana Santa

25/03/2013 21:05

 

A reunião dessa semana foi conduzida pelo pessoal da pasta da Espiritualidade, e o tema foi exatamente o momento litúrgico que estamos vivendo: a Semana Santa.

 

A Semana Santa é um momento muito especial que vivemos em nossa Igreja, momento para refletirmos, lembrarmos do sofrimento do Cristo por nós, ocasião em que não devemos pensar em viajar, aproveitar a folga do trabalho, mas uma ocasião que devemos ir à Igreja e experimentarmos todos os momentos dessa Semana que de fato é Santa.

 

O primeiro dia da Semana Santa é o Domingo de Ramos. O Evangelho desse dia relata a chegada de Jesus a Jerusalém. O povo já O reconhecia como Rei e O aclamava com ramos nas mãos, mas Ele, demonstrando Sua humildade, chega de forma muito simples, num jumentinho. Essa multidão que O aclamava é a mesma que, alguns dias depois, O condenara...

 

Na segunda-feira Santa o Evangelho relata a visita de Jesus a Seus grandes amigos Lázaro, Marta e Maria. Nesse jantar, Maria unge os pés de Jesus com um perfume muito caro, em sinal de amor e admiração a Ele. Judas, que também estava lá, questiona essa atitude, dizendo que não deveriam desperdiçar o perfume, mas vendê-lo e dar o dinheiro aos pobres (Judas era ladrão, e em verdade queria pegar para si esse dinheiro). Jesus, com toda a Sua sabedoria, lhe responde que os pobres sempre existirão para que se exerça a caridade, mas que Ele, em poucos dias, já não estaria mais entre eles.

 

Com efeito, as coisas nobres que existem na Igreja são um sinal do reconhecimento da realeza de Cristo, razão pela qual devemos nos esmerar para ir à casa Dele reconhecendo que estamos indo visitar um Rei: com boas roupas, bons sentimentos e com o coração purificado. Por isso hoje devemos nos questionar: qual é o meu melhor para Deus? Estou dando o meu melhor a Ele?

 

Na terça-feira Santa o Evangelho relata um jantar de Jesus com Seus apóstolos, momento em que Ele já sabia que seria traído. Entre nós, homens, até mesmo dentro da Igreja, existe também muita traição, situações desagradáveis... Mas não podemos deixar que isso interfira em nosso amor à Cristo, nossa admiração por Ele.

 

Na quarta-feira Santa nós celebramos o encontro de Nossa Senhora das Dores (Maria) e nosso Senhor dos Passos (Jesus Cristo),a chamada “Procissão do Encontro”. É a mãe que vai ao encontro do filho. Apesar de seu sofrimento, Maria não blasfema contra Deus, não se abala, ao contrário, permanece ao lado de seu filho todo o tempo. Nós também temos nossas cruzes, nossos sofrimentos, mas como Maria, não devemos desistir! Temos de ser firmes, agarrando-nos nas mãos da Mãe para termos forças! Ela nos dá consolo e carinho para cumprimos o que Deus espera de nós.

 

Na quinta-feira inicia-se o “Tríduo Pascal”, que é tempo de preparação e conversão, eis que se aproxima a festa da Páscoa, precedida pelo sofrimento e pela morte de Jesus. O Tríduo Pascal inicia-se na quinta-feira Santa com o sinal da cruz e somente se encerra na Vigília Pascal, no sábado, quando então o sinal da cruz é feito novamente. Todas as celebrações de quinta, sexta e sábado são consideradas uma só, embora fracionadas (não são missas, mas celebrações).

 

A celebração da quinta-feira Santa relembra a última ceia de Cristo com Seus apóstolos, ocasião em que Jesus fez questão de Se tornar servo, servindo aos Seus discípulos, deixando-nos o exemplo para fazer o mesmo com nossos irmãos; foi Sua maior lição de humildade para nós. Esse momento é sempre lembrado para que também nós nos lembremos de vivenciá-lo dia a dia. Também celebramos a instituição da Eucaristia, que é o próprio corpo de Cristo dado a nós e por nós: não é uma simbologia ou uma representação, é verdadeiramente o corpo de Cristo ali consagrado, e por isso devemos estar muito preparados para recebê-Lo.

 

Ao final da celebração o Cristo Eucarístico é levado para um local tranquilo, seguro, onde será feita a vigília até o dia seguinte. É o convite de Jesus para irmos com Ele ao Horto das Oliveiras, orar e vigiar, nos preparando para os dias que hão de vir...

 

A sexta-feira Santa é um dia de silêncio, adoração e contemplação de um Deus que se fez homem e se deixou ser morto para nos salvar, passando por muito sofrimento e humilhação, tudo em nome do Seu amor por nós; um amor incondicional, que se doa até a morte, até o fim, unicamente para nos resgatar a Deus! Todo esse sofrimento Dele nos mostra o que o pecado faz conosco: morte, humilhação, dor. Devemos, nesse dia, entregar tudo aquilo que nos é motivo de morte e de dor, tudo aquilo que nos leva a pecar.

 

O sábado Santo ainda mantém o clima de silêncio e oração. A Vigília Pascal é composta por diversos ritos: a Igreja fica escura, representando as trevas que dominavam a Terra quando da morte de Jesus; o início da celebração se dá com o acendimento de uma fogueira, quando então será feita a benção do Fogo Novo, acendendo o CÍRIO PASCAL, representando a luz de Cristo em nossa vida; todo o povo acende suas velas, um passando o fogo ao outro, vindos todos do círio pascal; é o povo na espera da ressurreição do Senhor! Ainda na madrugada ELE RESSUSCITA!

 

No Domingo de Páscoa já temos a certeza da ressurreição! Cristo quebra a única barreira que existia! É o momento de viver o novo, ir ao encontro Dele com o coração livre, purificado com a vida nova que Ele nos oferece!

 

Vamos viver bem e intensamente essa Semana Santa! Vamos contemplar o que Jesus fez por nós e, junto a Ele, ressuscitar para o amor e para a felicidade plenas!

 

PARA NÓS, CRISTÃOS CATÓLICOS, NÃO É APENAS MAIS UM FERIADO, É A SEMANA SANTA! PENSE NISSO!

 


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