(14-07-2013) ESTUDO BÍBLICO

 

Essa semana tivemos a oportunidade de fazer mais um estudo bíblico, guiados pelo nosso amigo Vilton, da Escola da Fé.

 

Antes de iniciar, o Vilton nos deu uma dica de formação: nos folhetos utilizados nas missas para acompanhamento das leituras, no final, sempre há algo importante e interessante para a nossa formação. É o último quadro do folheto, e vale a pena ficar na Igreja mais uns 05 minutinhos para ler e refletir, não é?

 

Outra dica interessante foi a distinção entre “Palavra do Senhor” e “Palavra da Salvação”, frases proclamadas ao final das leituras da missa. A primeira é dita ao final das 1ª e 2ª leituras, enquanto que a segunda é dita ao final do Evangelho. As 1ª e 2ª leituras são retiradas das cartas de São Paulo, algumas vezes são do antigo testamento, e no Evangelho, como o próprio nome diz, sempre são feitas leituras de trechos de algum os Evangelhos: Marcos, João, Mateus e Lucas, e transcrevem aquilo que o próprio Jesus disse enquanto esteve na Terra.

 

Lucas não foi apóstolo de Cristo (não foi um dos 12), mas foi discípulo de Paulo. Antes de escrever seu Evangelho ele estudou e pesquisou muito, sobretudo ouvindo histórias da própria mãe de Cristo, Maria, que lhe falava sobre os ensinamentos e a vida de Cristo (Lucas, 1, 1-4).

 

A leitura escolhida para reflexão foi o Evangelho do domingo passado: Lucas 10, 1-12 e 17-20:

 

“E depois disto designou o Senhor ainda outros setenta, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir.
 

E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara. Ide; eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas; e a ninguém saudeis pelo caminho.
E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós.

E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis de casa em casa. E, em qualquer cidade em que entrardes, e vos receberem, comei do que vos for oferecido. E curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus. Mas em qualquer cidade, em que entrardes e vos não receberem, saindo por suas ruas, dizei: Até o pó, que da vossa cidade se nos pegou, sacudimos sobre vós. Sabei, contudo, isto, que já o reino de Deus é chegado a vós. E digo-vos que mais tolerância haverá naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade.

 

(...)

 

E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu. Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum. Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.

 

Na interpretação da leitura, devemos considerar que esses 72 apóstolos, hoje, somos nós; temos que nos inserir na Palavra de Deus que lemos, pois ela sempre é atual e se direciona a nós mesmos.

 

Pela tradição da Igreja, São Pedro é hoje representado pelo Papa (ele foi o primeiro Papa da Igreja); os 12 apóstolos são representados pelos bispos e pelos padres; e os 72 discípulos enviados para difundir a Palavra de Deus somos nós.

 

Esses discípulos foram (e hoje também o somos) enviados para pregar a Palavra de Deus; porém, como fazer isso se não conhecemos e não estudamos essa Palavra? Nós não separamos nosso tempo para a Palavra! Precisamos nos disciplinar, a fim de nos dedicarmos ao estudo da Bíblia e conseguirmos vivenciar o Evangelho.

 

“A messe é grande, mas os operários são poucos”: é preciso ter essa disposição para levar o Evangelho ao mundo, saindo do nosso comodismo, pois a sociedade precisa de nós e nós precisamos, com amor, levar essa Palavra de Salvação.

 

“Eis que vos envio como cordeiros no meio de lobos”: os lobos são as pessoas que não aceitam a Deus e as dificuldades que encontramos em nosso próprio convívio.

 

“Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas”: é o desapego que temos de ter de tudo, mesmo porque Deus providencia tudo em nossa vida. Não podemos nos preocupar com bens materiais quando estamos em nossa missão de anunciar!

 

“O Reino de Deus está próximo”: nós somos uma das pedras a edificar esse Reino; é nosso dever fazer o Reino de Deus acontecer aqui na Terra, como rezamos na própria oração do Pai Nosso.

 

“Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam”: tudo o que fazemos é em nome de Jesus e por Jesus; nada é fruto de nós mesmos, mas daquilo que o Senhor coloca em nós, quando nos deixamos invadir pelo Espírito, colocando-nos na presença do Senhor.

 

“Alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus”: a alegria do missionário de Cristo é ter seu nome escrito no Céu. Quando nos permitimos agir pelo Espírito Santo, fazemos o que é certo, e é por isso temos que nos alegrar!